domingo, 26 de novembro de 2006

Os grãos

Posso não perceber nada de feijoada, mas passei o fim de semana INTEIRINHO ao redor da preparação, execução e finalização de uma.
Foi na Casa do Brasil. E correu tudo muito bem.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Haverá marquês neste pombal?

Não só os humanos são malucos por piscinas. Os pombos também se apinham em redor de uma, logo que arranjam uma possibilidade.
Quando os vi assim tão reunidos, lembrei de uma piscina que visitei em Castelo Branco, no verão de 2003.
Lá ao fundo, podem ver-se os que estão no bar a servirem-se dos comes e bebes. "Cuidado com o risco de congestão" está um dos pombos a advertir. Enquanto comem, falam de futebol, de famosos e de programas de televisão.
Vários trouxeram jornais desportivos. Um trouxe aquele exemplar do Expresso, por cima do qual um filhote está deitado, confundindo-o com uma toalha.
Mas apesar de tanta conversa, a razão da reunião é o banho de piscina. Viva um bom mergulho!
Perante tanto interesse, vou dizer onde fica a estância balnear da foto. Fica no centro do estacionamento da Parada do Alto de São João.

Rua do Bacalhoeiro

Apesar de tanta gente sem casa, há muita casa sem gente.
É. Não é por acaso que se gritam nas manifestações relativas ao direito a habitação "nem casas sem gente, nem gente sem casa".
Bons exemplos são estas fotos.
Não se pense que se está numa cidade fantasma. As fotos são tiradas no centro de Lisboa. Aliás, nem é preciso fotos, basta passear pelo centro da cidade para encontrar imensos "edifícios devolutos" - que é a forma simpática de se denominar os edifícios sem função.
Estes imóveis aberrantes são vizinhos.
Podemos perguntar aos dois, em conjunto: Quantas famílias cabem aí dentro? Quanta gente sem tecto vocês poderiam abrigar?
Eles irão responder: a responsabilidade não é nossa, é dos nossos proprietários, que prestam um mau serviço à comunidade onde fomos edificados.
Numa altura em que as autoridades andam despejando pessoas, destruindo casas com bens dentro, que andam destruindo as vidas de muita gente, talvez fosse oportuno olhar para o centro de Lisboa e pensar se edifícios sem qualquer função não poderiam passar a ter um destino: o de transformar vidas e tirar pessoas da miséria.
É até interessante reflectir sobre o facto de se arruinarem vidas que residem em casas não licenciadas, mas não se ajudam vidas lhes dando casas licenciadas sem qualquer utilidade (sem contar com a especulação imobiliária claro).
Os edifícios da foto têm mais sorte do que as pessoas despejadas de casa. Talvez não estejam obrigatoriamente condenados à ruína.
Quem sabe não se irão transformar num condomínio de luxo ou um Centro Comercial?

Violência

A invasão do Iraque pela coligação não ocorreu apenas com a intenção de encontrar as armas de destruição maciça.
Também justificou-se com o objectivo de espalhar a justiça e a democracia no Iraque. Como se bastasse bombardear um país para alcançar este intuito.
Como se apertar o gatilho de metralhadoras fosse a solução.
O problema de apertar o gatilho é que com isso se semeia a violência.
Quem mexe com a palavra violência, vê a violência se espalhar e também passa a ser responsável por ela.
Quer experimentar? Se achar que vale a pena, clique aqui: violência
Vai ver como ela rapidamente alastra.

domingo, 19 de novembro de 2006

Arte Lisboa: Sábio Anónimo


















"Quanto mais se escreve menos se diz"
É a opinião da figura anónima da foto, que se recusou elegantemente a dizer o nome.

Arte Lisboa: a Gangue dos Plocs

No salão de Arte Lisboa de 2006, encontrei personalidades curiosas.
Durante a visita ao pavilhão 4 da Feira Internacional de Lisboa, cruzei-me com a Gangue dos Plocs.
Conversei um pouco com eles.
Disseram-me que são de Marte e que vieram à exposição lisboeta, para conhecer o que era a arte.
Apresentaram-se conforme os costumes do seu planeta, ou seja, falaram todos ao mesmo tempo. Não entendi o nome de nenhum, a não ser o de Xapetex Ziliok, líder do grupo (à direita, na frente).
Xapetex explicou-me que, ao procederem a análise de um satélite da Nasa, durante uma viagem interplanetária, descobriram que na Terra havia um conceito que lhes era absolutamente desconhecido: a arte.
Assim, de imediato viajaram ao nosso planeta, com o intuito de questionar o seu contacto na terra, Fox Mulder.
Mulder ficou sabendo da existência dos ploquenses durante uma investigação que estava a desenvolver em Roswell. Estava lá acampado e deu de caras com a moçada da foto.
Xapetex conta que ao verem Mulder fingiram que se tratava de um desfile de carnaval. Porém, ao se darem conta de que estavam no deserto, rapidamente explicaram de onde vinham, em troca de informações e de imagens que pudessem levar para Marte, com a finalidade de mostrar que ainda havia vida na Terra, apesar dos humanos. Mulder, na ocasião, pediu autorização para tirar umas fotos que valessem a sua permanência no FBI, pois o agente enfrentava uma grave crise no gabinete, sendo apelidado de lunático.
Só que, claro, Mulder mostrou as fotos não só para o FBI como para todo o mundo, fazendo dos alienígenas figuras mediáticas.
Os ploquenses optaram, então, por sair do anonimato, sendo actualmente Mulder quem gere as idas e vindas dos mesmos ao nosso planeta.

Miradouro da Graça















Ele parece querer convidar as pessoas a se sentarem nas mesinhas...
Só que o pessoal gosta mesmo é de ficar vendo a vista, avassaladora:

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

A realidade não é o que parece

Pintada na Rua Damasceno Monteiro, em Lisboa. Uma espécie de legenda de um miradouro que tem uma vista extraordinária, na imagem apenas parcial, sobre a cidade.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Pandora

www.pandora.com
Estou verdadeiramente apaixonado por este site, cheio de virtualidades.
Parece um sonho realizado ter uma rádio que só toca aquilo que se gosta de ouvir. E que vai apresentando novidades atrás de novidades.
O DJ é realmente melhor do que muitos que estão trabalhando nas rádios.
Pessoalmente, nunca ouvi uma rádio que a partir de um simples pedido de "Steve Vai", me apresente (apresente mesmo, que privilégio! não conhecia!) uma sequência de "Racer X", "Iced Earth" e "By the end of tonight". E ainda tocou os para mim conhecidos Marty Friedman, Jason Becker e Jeff Beck - todos com um repertório de músicas que eu nunca tinha ouvido.
Outra grande vantagem: se o DJ toca uma coisa que não se goste muito, é só dizer: não gosto disso, jogue para a gaveta! E ele se desfaz daquilo para sempre! Assim como o Mário Soares fez com o Socialismo...
Não sei se é mau ou não para as rádios, mas ao menos que sirva de aviso, para que toquem músicas um pouco mais variadas.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

"Quem nós sabemos"

Ainda não foram apanhados todos os canibais.
Um deles demitiu-se ontem para poder congeminar mais à vontade a partir de onde ele prefere: o reino das sombras. Algo assim como um Lord Voldemort nas sagas do Harry Potter.
A comparação pode não ser exagerada. De facto, falar o nome do homem que ontem "caiu" pode assustar tanto como pronunciar o nome de Voldemort na comunidade de magos da ficção de J.K. Rowling. Em tal comunidade, o nome de Voldemort, o mais cruel, maldoso e poderoso de todos os magos, não se pronuncia. Todos falam no "quem nós sabemos".
Ontem, o "quem nós sabemos" saiu, depois de a Administração Bush ter recebido um sinal muito negativo do seu povo - que elegeram para o Senado e o Congresso os "Democratas", deixando de lado os "Republicanos" (os nomes fantasia são óptimos). O povo do mundo já tinha dado este sinal. Os povos do Iraque e do Afeganistão construiram sinais gigantescos, com cemitérios.
É interessante que às vezes parece mesmo que vivemos uma ficção. Ou um filme futurista, daqueles bem trágicos, onde os maus estão caracterizados de uma maneira quase infantil. Os maus são mesmo maus e só fazem maldades.
Se víssemos um filme assim no cinema, dizíamos "sim, sim, Guantanamo..., como se fosse possível num mundo civilizado, está um pouco exagerado...".
Poderia até estar figurado entre as coisas que o lado negro faz no "Star Wars" ou no "Senhor dos Anéis".
Só que não é ficção. É a realidade.

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Sacrifícios que valem a pena

Eh pá, mas que grande crise que anda por aí!
Não há dinheiro para nada.
Temos de poupar e fazer sacrifícios!
E faz todo o sentido, sem dúvida. Cada vez faz mais sentido poupar.
Olha, até vou poupar nas letras do meu blog, porque é em poupar e se sacrificar que está o GANHO.
Até estou pensando em abdicar dos meus direitos a uma pensão futura, porque de facto não há condições, estamos passando por uma grande crise e já não há mais dinheiro.
Além de tudo, acho que é fundamental a solidariedade. E é por ser uma pessoa solidária que penso que devíamos fazer um esforço, pagar uma percentagem maior de impostos e ganhar um ordenado mais baixo.
Sobretudo, temos que ter noção de que se não fizermos um grande esforço, os bancos não baterão mais recordes de lucros, ano após ano.
O que seria de Portugal sem estes bancos, que tanta riqueza geram para o país? E que cuidam melhor do dinheiro do que todos nós?
O estado social está em crise, não há mais nada a fazer, não vale a pena esta conversa de redistribuição de riqueza. O que julgam vocês? Não pensem que 1300 milhões de euros se guardam em qualquer vão de escada. Só o BCP, BES e BPI tem capacidade de ser depositários de tamanha quantia. Imaginem toda esta dinheirama espalhada? A confusão que não ia ser?
E todos dizem que os bancos tem muito dinheiro, mas os lucros da banca subiram 30 por cento no ano passado. Podia ter sido muito mais, se tivessemos nos mobilizado como fizemos com a selecção. Devíamos até entregar em suas mãos credíveis a própria Segurança Social. Assim, iam ter lucros arrebatadores e todos poderíamos gritar bem alto, com orgulho na voz e lágrimas nos olhos: Viva Portugal!
Deixemos os bancos em paz, com os seus lucros que servem para nos encher a todos de orgulho pela sua magnífica prestação económica.
Digam lá que não vale a pena sabermos que temos bancos tão ricos, que cuidam do dinheiro do país, salvaguardando-o do risco de uma dispersão sem precedentes. Assim conhecemos a meia dúzia de pessoas que guardam os nossos recursos e até podemos cumprimentá-las.
Atenção! Sem abusos, nada de pedir um café ou assim.
Obrigado banqueiros.
Guardem o dinheiro que nos faz falta.

Tirei o banqueiro alegre ali de cima do site http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=97699&cidade=1

Terra e mar

Aqui está a rocha que resiste infinitamente na incessante rebentação marítima. Eis a pedra que teve a ousadia de se desprender do conforto da terra e resolveu desafiar todo o interminável mar.
Adiante 3 pequenas pedras flutuam na água - batedores em propriedade agreste, do exército de solo que as antecede.
E o que dizer da linha branca, que representa a força da água? Como se vê no canto inferior direito da imagem, o esforço colossal e ininterrupto da substância líquida já começa a ser premiado, inflitrando-se a mesma em territórios terráqueos (ou terrenos?). Parece que até podemos ouvir a água, no seu marejar, transmitir de maneira insultuosa à enorme rocha dianteira que, se pretende impedir o progresso aquático, o seu trabalho é insuficiente e inoperante.
Todas estas atracções ficam na Nazaré, ao lado do Farol.